Arcebispo de Manaus é apontado como um dos favoritos para ser papa; cardeal se encontrou com Francisco seis meses antes de morte

  • 07/05/2025
(Foto: Reprodução)
Dom Leonardo Steiner e papa Francisco estiveram juntos no Vaticano, em outubro de 2024. Na ocasião, o Santo Padre recebeu uma imagem da Nossa Senhora da Amazônia e proferiu bençãos para a região. Papa recebe imagem de Nossa Senhora da Amazônia O cardeal da Amazônia e arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, citado pela Reuters como um dos favoritos para ser sucessor do papa, se encontrou com Francisco seis meses antes da morte do pontífice. Na ocasião, o Santo Padre recebeu de Steiner uma imagem da Nossa Senhora da Amazônia e proferiu bençãos para a região. Veja o vídeo acima. O religioso está entre os sete brasileiros que vão participar do conclave, processo para eleger o novo papa que começa nesta quarta-feira (7). Acompanhe em tempo real. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp O encontro ocorreu no Vaticano, em outubro do ano passado, durante a assembleia do Sínodo dos Bispos, realizada na sede da Igreja Católica na Itália. Além do cardeal, o padre Adelson Araújo dos Santos, nascido em Manaus e professor da Universidade Gregoriana de Roma, participou como facilitador do encontro. A imagem de Nossa Senhora da Amazônia, entregue por Steiner, foi enviada por uma comunidade da capital amazonense que tem a Virgem como padroeira. Na época, o cardeal explicou a Francisco que a imagem retrata os traços caboclos e indígenas do povo da Amazônia e agradeceu, em nome de todos os católicos da região, pelo apoio e carinho do papa. Em resposta, o papa Francisco enviou uma bênção para a comunidade que enviou a imagem e para todas as comunidades da Igreja na Amazônia. "A Igreja está na Amazônia, não como aqueles que têm as malas na mão para partir depois de terem explorado tudo o que puderam. Desde o início que a Igreja está presente na Amazônia com missionários, congregações religiosas, sacerdotes, leigos e bispos, e lá continua presente e determinante no futuro daquela área", disse Francisco. PANDEMIA: Papa Francisco ligou para arcebispo de Manaus durante pandemia da Covid-19; relembre SAIBA MAIS: Quem foi Gregório 10, o papa cuja eleição durou 3 anos e levou à criação do conclave FUMAÇA BRANCA OU PRETA: Vaticano divulga horários das votações no conclave para escolha do novo papa Quem é Leonardo Steiner O cardeal brasileiro Leonardo Ulrich Steiner (à esquerda) chega para missa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, em 4 de maio de 2025. Alberto Pizzoli/AFP Natural de Forquilhinha, no interior de Santa Catarina, Leonardo Ulrich Steiner foi nomeado arcebispo metropolitano de Manaus em 2019. Três anos depois, em 2022, recebeu o título de cardeal da Amazônia, nomeado pelo próprio Papa Francisco. Nascido em 6 de novembro de 1950, Steiner ingressou na Ordem dos Frades Menores em 1972, ao ser admitido no Noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. Foi ordenado padre por Dom Paulo Evaristo Arns em 1978. Cursou pedagogia e se tornou mestre de noviços. Em 1995, mudou-se para Roma, onde concluiu o mestrado e doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum. Entre 1999 e 2003, atuou como secretário-geral da mesma universidade. De volta ao Brasil, foi nomeado vigário da Paróquia Bom Jesus, em Curitiba, e passou a lecionar na Faculdade São Boaventura. Em 2005, tornou-se bispo da prelazia de São Félix, no Mato Grosso, e, em 2011, foi nomeado bispo auxiliar de Brasília, exercendo também o cargo de secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre 2011 e 2019. Seu lema episcopal é "Verbum caro factum est", que significa "O verbo se fez carne". Como funciona o Conclave A palavra "conclave" vem do latim cum clavis e significa "fechado à chave". É por meio dele que a Igreja Católica elege o novo papa. Durante os dias de eleição, cardeais do mundo todo ficam fechados dentro do Vaticano, em uma área conhecida como "zona de Conclave". Eles também fazem um juramento de segredo absoluto sobre o processo. Todos os cardeais que participam da eleição ficam impedidos de utilizar qualquer meio de comunicação com o exterior. Ou seja, eles não podem usar telefones, ler jornais ou conversar com pessoas de fora do Vaticano. Essas medidas foram adotadas para evitar que a votação seja influenciada. As votações acontecem dentro da famosa Capela Sistina. Para ser eleito, um cardeal precisa receber dois terços dos votos que — são secretos e queimados após a contagem. Ao todo, até quatro votações podem ser realizadas diariamente, sendo duas pela manhã e duas à tarde. Se, depois do terceiro dia de conclave, a Igreja continuar sem papa, uma pausa de 24 horas é feita para orações. Outra pausa pode ser convocada após mais sete votações sem um eleito. Caso haja 34 votações sem consenso, os dois mais votados da última rodada disputarão uma espécie de "segundo turno". Ainda assim, será necessário atingir dois terços dos votos para que um deles seja eleito. Quando um cardeal é eleito, a Igreja questiona se ele aceita o cargo de papa. Se ele concordar, o religioso também precisa escolher um nome. Em seguida, ele é levado para um ambiente conhecido como "Sala das Lágrimas", onde veste as vestes papais. Por fim, o novo papa é anunciado à multidão que aguarda na Praça de São Pedro. O pontífice é apresentado diretamente da sacada da Basílica, onde é proclamada a famosa frase "Habemus Papam" ("Temos um Papa"). Entenda as chances de um papa brasileiro

FONTE: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2025/05/07/arcebispo-de-manaus-e-apontado-como-um-dos-favoritos-para-ser-papa-cardeal-se-encontrou-com-francisco-seis-meses-antes-de-morte.ghtml


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