Uma semana após entrar em vigor, efeitos do tarifaço de Trump já podem ser sentidos por exportadores brasileiros

  • 15/08/2025
(Foto: Reprodução)
Exportadoras brasileiras já sofrem efeitos do tarifaço americano Empresas exportadoras brasileiras já sofrem os efeitos das chantagens do governo de Donald Trump em defesa de Jair Bolsonaro e das big techs. 20% das vendas de uma fábrica em Guarulhos, na Grande São Paulo, são para os Estados Unidos. Um mercado que se abriu há três anos, com vendas de adereços de festas pela internet. O sucesso lá fora animou os donos: eles compraram mais máquinas, contrataram funcionários e até montaram uma loja na Flórida. O tarifaço de 50% bagunçou tudo. Uma semana após entrar em vigor, efeitos do tarifaço de Trump já podem ser sentidos por exportadores brasileiros Jornal Nacional A fábrica planejava enviar para os EUA esta semana algumas caixas com artigos para festas - uma tonelada de produtos. Mas a decisão foi manter a mercadoria aqui. A empresa definiu um prazo de três meses para avaliar a situação e decidir como vão ficar as vendas para o mercado americano. Vídeos mostram a loja nos Estados Unidos, que continua vendendo itens que a fábrica no Brasil se apressou para enviar ainda no fim do mês passado. A expectativa é por uma redução do tarifaço. Os preços na loja americana já subiram um pouco. "Se hoje a gente não colocar esse preço na venda, a gente não consegue fazer a recompra no mesmo valor. Por conta da questão da tarifa. Então, isso impactou um pouco. Após 3 meses, se isso não melhorar, aí nos vamos ter que fazer algumas reduções", comenta Thiago Miranda de Castro, diretor administrativo da empresa. E eles não foram os únicos a antecipar remessas. Dados da Amcham – Câmara Americana de Comércio no Brasil – mostram que as exportações brasileiras para os Estados Unidos somaram em julho o maior valor já registrado no mês: US$ 3,7 bilhões - aumento de quase 4% em relação ao mesmo período de 2024. Mas a tendência agora é de queda. 22% dos exportadores estimam que terão interrupção total das exportações por causa do tarifaço. 37% acham que vão perder mais da metade dos negócios. 23%, uma perda entre 20 e 50%. E a minoria, 18%, acredita numa redução inferior a 20%. “Há empresas que têm conseguido renegociar os seus contratos ou têm feito reduções unilaterais de preços para continuar acessando o mercado americano. Há empresas que têm a possibilidade de fazer exportações e continuar acessando o mercado americano a partir de operações em outros países da América Latina, por exemplo. E há empresas que vão perder mercado nos Estados Unidos", ressalta Abrão Miguel Árabe Neto, presidente da Amcham Brasil. No caso de uma indústria de peças metálicas, em São Carlos, no interior de São Paulo, a perda de mercado já resultou na demissão de 50 dos 500 funcionários. As encomendas americanas estão paradas, enquanto o presidente da empresa negocia diretamente com os clientes de lá. Ele tenta dividir o custo que o novo imposto gerou. Segundo o empresário, mesmo com o pacote de ajuda do governo, se até outubro não aparecerem novos pedidos, mais gente deve perder o emprego. “O crédito, ele sempre ajuda porque é uma solução para curto prazo, para capital de giro, mas para gente, se não houver recomposição de negócios, não adianta ficar se endividando porque não vai ter muita saída. Agora a gente sente que voltou muitas casas para trás. Estamos no modo de sobrevivência mesmo", diz João Baroni, presidente da empresa.

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/08/15/uma-semana-apos-entrar-em-vigor-efeitos-do-tarifaco-de-trump-ja-podem-ser-sentidos-por-exportadores-brasileiros.ghtml


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